terça-feira, 2 de maio de 2017

O enigma em Pessoa


  Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. ”
~ Fernando Pessoa

Fernando Pessoa ficou conhecido pelos seus heterônimos, que foram personagens completos, com biografias próprias, estilos literários diferentes e produzem uma obra paralela a do Fernando Pessoa. Os heterônimos, ao contrário dos pseudônimos, que são falsos nomes atribuídos por alguém como uma alternativa de ter um nome legal, os heterônimos são personalidades poéticas completas (identidades que, se manifesta através da demonstração artística própria e diversa do autor original), sendo consideradas até mesmo com vidas quase reais. O criador dos heterônimos é chamado de ortônimo, visto que essa é considerada a personalidade original de Fernando Pessoa. Contudo, algumas pessoas, consideram o próprio ortônimo mais um heterônimo entre os outros, devido as personalidades fortes, bem desenhada e a desenvoltura dos heterônimos.

Os personagens tornaram a vida de Fernando Pessoa ainda mais misteriosa e as pessoas se perguntavam, sem obterem respostas, "quem era ele?". O critico brasileiro Federico Barbosa, disse, que "Pessoa é um enigma em Pessoa", visto que ele se inventou e através da poesia, criou outras vidas, trazendo para sua vida, os olhares alheios de quem o cercava.
Desde cedo, Fernando Pessoa criou seus personagens, um deles é o Chevalier de Pas. Ainda em Durban, ele criou Charles Robert Anon e H. M. F. Lecher, criou também o especialista em palavras cruzadas Alexander Search, mas os heterônimos que possuiriam mais personalidades só iriam aparecer em 1914. No dia 8 de março de 1914 (foi somente publicado em 1925), Pessoa escreveu, os 49 poemas de O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro. Logo, criaria Álvaro de Campos e, em junho do mesmo ano, Ricardo Reis. Em 1982, teve sua obra, O livro do Desassossego, composta por fragmentos de prosa poética, publicada, por um heterônimo de grande importância, de Fernando Pessoa, Bernardo Soares. Por ter muitas semelhanças com Pessoa e não possuir uma personalidade muita característica, igual a do Álvaro de Campos e a do Alberto Caeiro, Bernardo Soares, foi considerado um semi-heterônimo.
Álvaro de Campos e Ricardo Reis, assim como Fernando Pessoa, consideravam-se discípulos de Alberto Caeiro, mas a forma de expressar o ensinamentos do mestre era de sua forma e chegavam até travar uma polêmica sobre o fazer poético, discordando de seus ensinamentos.
  Fernando Pessoa fez o que muitos não fizeram, ele soube gerar uma nova vida e produziu poetas de carne e osso. Através de seus heterônimos ele levou as pessoas a refletirem sobre a relação que têm entre a verdade, a existência e a identidade. Suas obras são incomparáveis e completas, por ele é considerado sinônimo de multiplicidade e versatilidade literária, sendo capaz de uma genialidade incrível, ao criar diversos heterônimos com estilos e biografias próprias.




Referências Bibliográficas:
http://fernandopessoaxxi.blogspot.com.br/search?updated-max=2013-07-30T06:04:00-07:00&max-results=7

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